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sábado, 19 de fevereiro de 2011

DIÁLOGOS ENTRE VERSOS.

A vida é quem nem sassafrás
Ardida, difícil, um antraz.
Amor e esperança nos traz
Traiçoeira que nem Alcatraz

Gosto de tomar xerez,
Trago tudo de uma vez,
Me cuido com a embriaguez,
Quero ir trabalhar em Suez.

Caminhos de flores senis,
O muro escuro de verniz,
Corri o dedo pelo nariz,
E senti que a vida era um triz.

Mordi o meu pão com jiló,
Lembrei do coitado do Jó,
Calei o meu lado filó,
E na espera senti que era só.

Mandei as crianças pro Sul,
E achei o céu bem mais azul,
Atolei o pé no murundu,
Salvou-me um antigo tabu.

A vida é que nem sassafrás,
Gosto de tomar xerez,
Caminhos de flores senis,
Mordi o meu pão com jiló,
Mandei as crianças pro Sul.

Ardida, difícil, um antraz
Trago tudo de uma vez,
O muro escuro de verniz
Lembrei do coitado do Jó,
E achei o céu bem mais azul.

Amor e esperança nos traz
Me cuido com a embriaguez
Corri o dedo pelo nariz
Calei o meu lado filó
Atolei o pé no murundu.

Traiçoeira que nem Alcatraz.
Quero ir trabalhar em Suez,
E senti que a vida era um triz
E na espera senti que era só,
Salvou-me um antigo tabu.

A vida é que nem sassafrás,
Trago tudo de uma vez
Corri o dedo pelo nariz
E na espera senti que era só...

Gosto de tomar xerez
O muro escuro de verniz
Calei o meu lado filó
Salvou-me um antigo tabu.

Caminhos de flores senis
Lembrei do coitado do Jó
Atolei o pé no murundu.

Mordi o meu pão com jiló
E achei o céu bem mais azul !

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