Sabe este jeito tranqüilo
De quem não sabe da reza
O pior?
É um jeito danado,
É um estilo,
Para não perder a essência
Ao redor.
Sabe este jeito de boba,
Esta ficha enroscada
Que demora a cair?
È um jeito de quem
Se protege,
Pois conhece a vida
E não se deixa
iludir.
Sabe este jeito danado,
De apressar as palavras
De falar sem ouvir?
É um jeito de quem
Vive sem trégua,
Porque não mede
Com régua
Pra sentir.
Sabe esta cara de tonga,
Esse jeito samonga
De ser, de existir?
É um jeito de quem
Percebe as feras
E se protege
Em esferas
Que não podem
Atingir.
Sabe esta cara velada,
De quem sabe nada,
E que se perde,
E bobeia?
É um jeito
De quem assume
A sorte
Porque não
Aceita
Que a vida
Sorteia.
Sabe esta cara lavada
Esta fala largada
Esta verve?
Esta veia?
São as marcas
Da vida
apreendida
Da febre
Contida
E da mente
Que esteia.
Sabe este jeito ladino
De viver sorrindo
Assumindo o desdém?
E um jeito de quem
Faz de conta,
Mas no fundo,
Não conta,
O jeito que tem.
Sabe este ar sem esteio
De quem porta um arreio,
Que prende
E limita?
È um jeito
De quem pisa no freio
Porque perdeu as tranças
E os laços de fita.
Um comentário:
Muito Bom. Parabens
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